sábado, 8 de outubro de 2011

Artista coreana vai ao inferno e desenha o que viu

Jesus Cristo levou uma artista coreana até o Inferno para que ela pintasse para o Mundo todo cenas do Inferno, para que você e eu tomemos uma postura diante da Palavra de Deus.

 
Para que todos se arrependam antes que seja tarde. Pois Jesus está voltando.

Instruções bíblicas sobre a oração I

Um dia, certo entendido da Lei de Moisés testou Jesus com a seguinte pergunta: (Mateus 22:36)

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ao que Ele respondeu (v.37-38)

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Com isto podemos aprender que o homem foi criado para conhecer e amar a Deus intimamente. Eu te pergunto: Será possível amar a Deus com todo coração sem um conhecimento pessoal e íntimo da Sua pessoa? E certamente nunca vamos conhecê-Lo intimamente sem dedicarmos um tempo de contato pessoal com Ele. Você concorda?

Os discípulos de Jesus quiseram aprender com Ele a orar. Eles haviam comido junto com Jesus, andado com Ele, ouvido seus ensinos, visto curas e milagres, mas, um aspecto especial de Sua vida, chamou mais a atenção e os desafiou: observar a vontade de Jesus em manter um relacionamento íntimo e pessoal com Seu Pai, por meio da oração. Então eles não pediram para que Jesus os ensinasse a pregar, a fazer milagres ou curar doentes, eles fizeram este pedido: (Lucas 11:1) _________________

O que Jesus fazia nesta ocasião?

__________________________________________________

O que os levou a fazer este pedido?

__________________________________________

Jesus atendeu seu pedido? ______ O que Ele ensinou? _______________________

Era a segunda vez que Jesus ensinava seus discípulos a orar. A primeira vez foi no Sermão do Monte. Então voltemos nosso olhar para o texto de Mateus 6:5-15, onde encontramos Jesus ensinando os seus discípulos a orar.

Podemos perceber três coisas importantes: Jesus mostrou que existe uma maneira errada de orar, que existe uma maneira certa de orar, e deu um modelo para a oração.

1) A Maneira Errada de Orar

a) V.5 _____________________________________ (comparar com Lucas 18:9-14)

b) V.7 ______________________________________

Jesus desmascarou duas formas erradas de orar: uma chamando a atenção para si (é a oração hipócrita), a outra é sentir que a eficácia da minha oração depende de quão longa é e quanto tempo durou (é a oração mecânica).

Portanto no primeiro caso, eu, o personagem que estou orando, quero ser conhecido como alguém devoto, piedoso, dedicado à oração, isto me levará a fazer coisas que vão garantir que outras pessoas me verão orando (sutileza), que falarão da minha intimidade com Deus, de como oro bonito (assim, volto a atenção das pessoas para mim e não para Deus).

No segundo caso, eu concentro a minha atenção sobre a forma ou a duração da oração - é algo mecânico, falta de significado, eu falo sem pensar, os lábios falam, mas o coração não participa, são as formas estabelecidas de oração.

Um era baseado na tolice dos fariseus, a outra na dos pagãos. Um era hipócrita, desviando a glória para si, o outro rebaixava a comunhão e o acesso a Deus a uma mera recitação de palavras, pensando que quanto mais falasse, mais chance teria de ser ouvido e de convencer Deus a agir.

Em contraposição à oração hipócrita dos fariseus e à oração mecânica dos pagãos, Jesus ensina a oração real dos cristãos, ele ensinou então:

2) A Maneira Certa de Orar

Vimos que Jesus ao mostrar a maneira como não se deve orar, o fez usando duas palavras chave; querer ser _________ pelos homens (oração hipócrita) e usar _______ repetições (oração mecânica). Ao ensinar como se deve orar, Jesus usou três expressões que são a chave para nosso entendimento.

a) V.6 _____________________________________________

b) V.6 _____________________________________________

c) V.6 _____________________________________________

Podemos perceber que o segredo está na abordagem, você pode estar com o desejo errado de usar a oração para atrair a atenção, ou se deter no mero falar. Quando oramos em qualquer lugar ou ocasião, devemos entender que estamos nos aproximando de Deus. Perceber que ao orar, estou buscando admissão à presença de Deus e isto é exatamente o oposto da oração hipócrita e da mecânica.

Observe como os termos que Jesus usou, indicam discrição, desejo voluntário de buscar a Deus e de ter comunhão e intimidade com Ele. O único que nos pode ver indica consciência da Sua presença e indica confiança e fé. Vamos ver isto mais de perto.

Primeiro, a fim de me certificar que estou realmente aproximando de Deus, preciso excluir certas coisas de meu campo de interesses - tenho de entrar no quarto. O princípio aqui envolvido é que, existem determinadas coisas que preciso deixar de fora, quer esteja orando em público ou secretamente. Preciso esquecer as outras pessoas, e até a mim mesmo. Podemos entrar naquele quarto andando na rua cheia de pedestres, no ônibus, enfim. Entramos naquele quarto, quando estamos em comunhão com Deus.

Em seguida vem a percepção, que é o passo seguinte. Preciso perceber que estou na presença de Deus, que Ele está me vendo, que é meu Pai. Perceber que sou Seu filho e devo me aproximar dEle como um filho se aproxima de seu pai.

Finalmente, devo ter confiança, fé. Saber que Deus está interessado em mim e se alegra em me abençoar (como diz em Efésios 3:20).

Portanto, excluímos o que não convém, percebemos quem é Deus e, então, motivados em sólida confiança, tornamos conhecidas diante de Deus as nossas petições, reconhecendo que Ele sabe tudo mesmo antes de começarmos a falar, mas gosta de ter este contato pessoal e intimo com seus filhos.

Entretanto, não devemos nos aproximar dEle com espírito duvidoso, mas reconhecendo que Ele é capaz de fazer por nós infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos. Creiamos nesta verdade e nos acheguemos a Ele, impelidos por grande confiança e fé. Certamente bênçãos avassaladoras virão, sobre nós, quer sejam espirituais ou materiais.

Instruções bíblicas sobre a oração II

Bem, o Senhor Jesus não apenas ensinou como não devemos orar, mas também como devemos orar. Porém, agora que já sei como me aproximar de Deus, qual a atitude de espírito e de coração corretos e sabedor, pois estou face a face com Ele e Ele está me vendo e ouvindo e pronto a me atender, o que vou falar para Ele? O que pedir? Como pedir? Jesus então dá a seus discípulos um:

3) Modelo de Oração

O Senhor Jesus não só advertiu seus discípulos contra certos perigos relativos à prática da oração, como também deu instrução mais detalhada sobre como e o que falar com Deus. Portanto nesta oração particular, encontramos uma perfeita sinopse das instruções de Jesus sobre o que devemos orar. Vamos observar seu esboço?

a) Invocação

_________________________________________________

b) Adoração

1) ______________________________________________
2) ______________________________________________
3) ______________________________________________
c) Petição

1)_______________________________________________
2)_______________________________________________
3)_______________________________________________
d)Ação de Graças ________________________________

Existem certos aspectos gerais, no tocante a esta oração que exigem alguns comentários antes de analisarmos as suas partes componentes. É importante fazermos algumas observações preliminares.

A primeira, é que, sem qualquer dúvida, essa oração foi dada como um modelo, porque em essência ela cobre todos os aspectos da oração. Portanto, não significa que ao orarmos devamos simplesmente ficar a repeti-la, pois nem Jesus fez isto. Ele passava horas e até noites inteiras orando. Esta oração, como dissemos, é um sumário, contém todos os princípios fundamentais, é uma espécie de esboço. O que devemos fazer ao orarmos é tomar esses princípios, empregando-os e expandindo-os. É assim que devemos abordar esta oração.

A segunda, ela visa todos os discípulos de Jesus em todos os tempos. Portanto nossas orações devem ter este padrão. É legítima a sua recitação? Sim, desde que não se torne mera repetição (lembra das “vãs repetições” que Jesus condenou?), podemos orá-la, desde que seja de coração, com entendimento, com todo o ser e toda sinceridade. Certamente Jesus não queria que você a repetisse para sempre, mas que se lembrasse de certas coisas - esta oração é um esqueleto que devemos encher de carne.

A terceira, a seqüência em que as palavras foram citadas. Veja como os interesses de Deus têm prioridade sobre os nossos, e como nossas necessidades são totalmente entregues a Ele. Os três primeiros pedidos expressam nossa preocupação com a glória de Deus, com Seu nome, Seu governo, Sua vontade (o adjetivo usado é teu/tua). A segunda metade muda o adjetivo (que passa para nosso/nós). Isto é, passamos das coisas divinas para as nossas próprias, e assim expressamos nossa humildade e dependência da graça de Deus.

A quarta observação refere-se à proporção nas petições, metade dedicada a Deus e à sua Glória (louvor/adoração), a outra metade dedicada às nossas necessidades e problemas particulares (petição/confissão/intercessão).

A quinta, não importa quais sejam nossas circunstâncias, situações ou desejos, nossas necessidades pessoais vêm sempre em segundo lugar, embora não sejam eliminadas. O fato é que jamais devemos começar apresentando as petições que nos dizem respeito por mais elevadas que sejam. Lembre-se, devemos começar nossas orações sempre pelo grande interesse por Deus, Sua glória, Sua honra. Afinal estamos em Sua presença, Ele nos contempla, temos percepção de Sua presença, devemos então demonstrar este profundo interesse por Ele.

A Sexta e última é relativo ao perdão, veja que este tema parece ser tão importante que é o único que recebe um comentário adicional.

Antes de prosseguirmos, seria prudente responder algumas questões importantes:

1) Nesta oração, que elemento você destacaria, como sendo um indicador da freqüência com que devemos buscar a comunhão com Deus pela oração?

2) Que pensa você, sobre a razão pela qual, Jesus usou o plural (nosso/nós), ao invés do singular (meu/mim/eu), nesta oração?

3) O que no texto e contexto, nos dá a certeza de que, esta não é uma oração para todas as pessoas, antes, é uma oração da família de Deus, daquele que é discípulo de Jesus?

Respondidas e esclarecidas estas questões, e tendo já visto certos aspectos gerais de suma importância, estamos aptos a avaliar o conteúdo e significado de cada parte componente desta oração modelo.

Instruções bíblicas sobre a oração III

A invocação

“Pai nosso que estás nos céus”

Jesus disse: “Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus”, Ele começa mostrando a quem deve ser dirigida as nossas orações. É assim que devemos começar, sempre com uma invocação, antes de apresentar qualquer pedido.

A primeira expressão, “Pai nosso”, é significativa em seu sentido. Será que qualquer pessoa pode se dirigir a Deus como Pai? Pela Bíblia, somente os que recebem a Jesus pela fé, é que Ele dá o direito de se tornar filho de Deus (João 1:12; Romanos 8:14-16; II Coríntios 6:18; Gálatas 3:26; Efésios 1:5 e I João 3:1,2,10) e somente estes podem dizer, Pai nosso. Somente os que estão em Jesus são verdadeiramente filhos de Deus. Foi Ele mesmo quem tornou isto possível (Colossenses1:17-23). Portanto, quando Jesus disse: Pai nosso, estava pensando naqueles que são seus discípulos. Qualquer um pode falar, mas será que realmente crê nisto? Realmente conhece Deus como Pai? E assim, quando se aproxima de Deus, tem este senso de que está se aproximando de seu Pai celeste? Somente um filho verdadeiro pode ter confiança ao falar com seu Pai.

Esta expressão nos mostra que Deus é uma pessoa. O termo aramaico que Jesus usou é “Abba”, que é um termo íntimo, acolhedor, familiar e mostra que Deus é um pai amoroso, terno, cuidadoso. O próprio Jesus, sempre que se referiu a Deus, o chamava de “Pai”.

Este Pai que ama, corrige e ensina, que reverte as situações desagradáveis em benefícios para nossas vidas (Romanos 8:28), que não só nos livra dos problemas, mas como também traz vitória e paz em meio aos problemas visando o nosso crescimento. Certamente, só apreciaremos os atributos do nosso Pai celeste, quando descansarmos na segurança de que, Ele é perfeito em sua bondade e tem o melhor para nós - você crê nisto? (veja Mateus 7:7-11). Mas, lembre-se, o diabo tentou trazer dúvida a Jesus sobre ser Ele o Filho de Deus (Mateus 4:3) e certamente não escaparemos nós destas acusações.

Em seguida vem a expressão complementar “que estás nos céus”. Enquanto a primeira parte da frase, indica proximidade e intimidade, esta, enfatiza quão acima do homem Deus está.

Nos faz lembrar que Ele é Onipotente (tem todo poder para agir, pois é o criador e governador de tudo, isto nos anima e dá confiança ao lembrar que seu poder é capaz de realizar); é Onipresente (pode estar nos céus e aqui bem pertinho a ponto de me ouvir. Não haverá lugar onde Ele não esteja, por isto posso ter acesso a Ele em qualquer lugar); é Eterno (Ele estará lá todo tempo, tenho acesso a Ele em qualquer ocasião); é Onisciente (nada está oculto aos seus olhos, Ele sabe tudo, não precisarei nem conseguirei esconder nada dEle, nem poderei enganá-Lo, e mais, se não sei bem como pedir, Ele sabe do que necessito e vê minha confiança e humildade e isto aumentará minha confiança na eficácia da oração); é Soberano (reina nos céus, na terra e na minha vida); é Ilimitado, Infinito, Santo.

Desta forma, quando em nossas fraquezas e angústia, nos prostramos diante dEle e O invocamos, de cara, somos confortados pela lembrança de Seus atributos, de nosso relacionamento e assim já assumimos uma postura correta - de fé e reverência.

A invocação, então, nos leva a uma tomada de consciência, porque sei a quem estou me dirigindo, na presença de quem estou, quem Ele é, o que é capaz de fazer, qual meu relacionamento com Ele. E por si, é capaz de revolucionar nossa vida de oração por trazer consigo uma equilibrada, confiante e reverente postura diante de nosso Deus e Pai. Desta forma, nos tornamos aptos a prosseguir em adoração:

A adoração “Santificado seja teu nome”

Temos sido prudentes em começar respondendo questões importantes que ajudam a esclarecer melhor o sentido das palavras de Jesus nesta oração. Então:

1) O que é adoração?

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2) Todas as pessoas são adoradoras? (leia João 4:19-24) _________________________

3) A quem devemos prestar adoração? (leia Mateus 4:8-10) _______________________

Consciente de que estou na presença de Deus, meu Pai, esse deve ser meu primeiro desejo: “Santificado seja teu nome”. Mas, o que significam estas palavras? Santificado significa, reverenciado, considerado santo, honrado, glorificado. O que representa as palavras “teu nome”? Bem, esta era a maneira como o judeu daquela época comumente aludia ao próprio Deus, pois além do mandamento de não tomar o nome de Deus em vão, eles tinham um senso da grandeza, majestade e santidade de Deus tão desenvolvido, que se tornou costumeiro entre eles jamais pronunciar o nome divino “Yahweh”, porquanto sentiam que o próprio nome e até as letras formadoras desse nome, eram tão sagradas e santas e eles mesmos tão pequenos e indignos, que não ousavam mencioná-lo, e referiam-se à Deus com as palavras “teu nome”, a fim de evitar o emprego do vocábulo “Yahweh” propriamente dito. Desta forma, a expressão indica o próprio Deus, Sua pessoa, caráter e atributos. Então, aprendemos que o propósito dessa petição é exprimir esse desejo de que Deus e tudo quanto Seu nome representa, seja reverenciado, honrado e glorificado.

Mas, você já parou para pensar em como é possível o nome de Deus ser honrado e reverenciado entre os homens? Certamente através das nossas vidas. Como filhos dEle, nós servimos de espelho da Sua grandeza e glória (Salmo 22:22 e João 17:6, 26).

Podemos verificar que Deus se revelou aos filhos de Israel usando diversos nomes que destacamos aqui para ampliar nossa visão da presente fala de Jesus. O nome El ou Elohim - fala de Seu poder, Sua força, Seu domínio; Elyon - sublime, exaltado; Adonai - Senhor Onipotente, soberano, a quem tudo está sujeito; Shaddai - possuidor de todo o poder no céu e na terra, que a tudo subjuga, controlador e governador dos seres humanos e da natureza; Emanuel - Deus conosco; Yahweh - Eu Sou o que Sou, isto é, imutável e auto-existente e com freqüência, certos termos qualificativos eram adicionados ao nome Yahweh, como: Sabaoth - O Senhor dos exércitos; Jiré - O Senhor proverá; Rapha - O Senhor que cura; Nissi - O Senhor é minha bandeira; Shalom - O Senhor é nossa paz; Ra’ah - O Senhor é meu pastor; Tsidkenu - O Senhor é nossa justiça; Shammah - O Senhor está presente.

Ao se apresentar com esses diversos nomes, Deus estava revelando facetas da Sua pessoa, do Seu ser e também de Seu caráter e atributos, para conhecimento da humanidade. Em certo sentido, pois, as palavras “teu nome”, envolvem tudo isso. O Senhor nos ensina aqui a orar para que a humanidade inteira venha a conhecer Deus desta maneira. Que o mundo venha honrar a Deus deste modo. Isso reflete um desejo profundo e ardente do filho em prol da honra e da glória do seu Pai.

Este é realmente seu grande desejo? Você está sendo sincero ao orar? Você pode dizer como o salmista no Salmo 34:3, que demonstrou estar realmente interessado em que a grandeza de Deus transpareça cada vez mais intensamente entre os homens? Você está disposto a viver de modo que essa honra, esse nome seja assim engrandecido?

A primeira petição não alude às necessidades físicas do homem, mas à principal necessidade que é reconhecer Deus e O honrar e O adorar. Ela é feita com o profundo desejo de que o caráter santo de Deus seja respeitado e reconhecido entre os homens e a consciência de que isto se dará através das nossas vidas. A segunda petição é uma seqüência lógica da primeira:

“Venha a nós o teu reino”

Você pode observar que há uma ordem lógica nessas petições, uma segue após a outra. Começamos pedindo que o nome de Deus seja santificado entre os homens, mas no momento em que começamos a orar, nos lembramos do fato de que o nome do Senhor não é assim reverenciado e imediatamente, levanta-se a pergunta: Por qual razão não se prostram todos os homens diante do nome sagrado de Deus? Porque nem todos O adoram nem honram a sua pessoa? ____________________________________ Nosso desejo como filhos de Deus que somos é de que, o nome de Deus seja exaltado, Porém notamos que há um reino do mal que faz oposição a Deus e à Sua glória e honra.

O Senhor então ensinou seus discípulos para que orassem a fim de que o reino de Deus se manifestasse de modo crescente, e mais do que nunca esta oração é apropriada para nós hoje e será até que o reino de Deus seja consumado.

É bom lembrar que, já naqueles dias, a vinda do reino era uma questão que ocupava o primeiro plano no pensamento de muitos. Havia uma iminente pregação sobre ele (Mateus 3:2 e 4:17). Mas afinal, o que é o reino de Deus? O que significa? O reino de Deus significa o reinado de Deus, Seu governo, Suas leis.

Há três tempos no reino de Deus, isto é, Ele pode ser considerado de três maneiras diferentes. O tempo passado - em certo sentido o reino de Deus já veio, é o reino histórico, veio quando Jesus desceu a este mundo (Lucas 11:20). Jesus introduziu o reino de Deus no mundo, introduziu no coração das pessoas; o tempo presente, o reino de Deus já está aqui, neste momento, nos corações e vidas de todos os que se submetem a Cristo, de todos quanto nEle confiam, Ele está nos coração das pessoas. O terceiro tempo é o tempo futuro, que culminará com a segunda vinda do Rei Jesus, será um reinado físico, visível e pessoal, quando Ele estabelecerá seu reino sobre a face da terra. Então, quando oramos pela vinda do reino, estamos essencialmente orando por duas coisas: oramos pelo domínio de Deus nos corações das pessoas e pela volta de Cristo. E isso revela três coisas: que estamos prontos e ansiosos pela vinda de nosso Rei e desejosos que outros conheçam este Rei e entreguem o controle de suas vidas a Ele.

Este é realmente o desejo de seu coração? Deus é seu rei? Ele governa você? Seu coração é dEle? Ele reina em sua vida? Você deseja que outros O conheçam e se submetam a Ele? O que você tem feito para que isto ocorra, o que tem feito para expandir o reino do seu Pai? Você está ansioso pela vinda dEle? Quando Ele vier, lhe trará castigo, repreensão e condenação ou elogios, galardão e salvação (Mateus 25:31-46 e II Pedro 3:9)? Você depende de Deus para viver? O reino de Deus é uma realidade viva em seu coração? Você quer que o nome de Deus seja honrado, então precisa orar com sinceridade, e com a consciência de que isso só acontecerá nos corações que Ele reina e, para isto, Seu reino precisa se expandir (João 18:36).

Esta é uma oração intercessória pelo sucesso do Evangelho, é uma oração pela conversão de homens e mulheres, é uma oração missionária, oração que demonstra que eu estou sob o domínio de Deus e quero fazer tudo para que este reino se expanda.

Haverá um dia em que todo pecado e toda maldade serão destruídos bem como tudo que faz oposição a Deus. Ele será o supremo Rei deste mundo (I Coríntios 15:20-28). Portanto, Jesus está ressaltando aqui, que, antes de começarmos a pensar em nossas necessidades e desejos, devemos ter este ardente anelo pela vinda de seu reino, a fim de que o nome de Deus seja glorificado e honrado acima de tudo. Que possamos dizer juntamente com João em Apocalipse 22:20 - “Amém, ora vem Senhor Jesus”.

“Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus” 1. Quem faz a vontade de Deus nos céus? _____ Como é feita esta vontade? __________

2. O que é preciso para fazer a vontade de Deus? _______________________________

3. É possível saber ou conhecer qual a vontade de Deus? ____ Como? ______________

4. E Qual é a vontade de Deus, você sabe? _____________________________________

Esta terceira petição é uma conseqüência lógica da segunda, a qual, por sua vez, é uma conseqüência lógica da primeira. O resultado da vinda do reino de Deus entre os homens será a um perfeito cumprimento da vontade do Senhor entre eles. No céu, sempre se cumpre de modo perfeito a vontade de Deus. O supremo desejo de todos no céu é fazer a vontade de Deus, e, assim louvá-Lo e adorá-Lo. Esse também deveria ser o desejo de todo cristão autêntico.

Novamente, pois, afirmamos quando fazemos esta petição, que estamos aguardando a vinda do reino de Deus, porque ela jamais será cumprida e atendida enquanto o reino de Deus não for verdadeiramente estabelecido na terra, entre os homens, quando, então, a vontade de Deus será feita no céus e na terra (II Pedro 3:13). Os céus e a terra serão unificados, o mundo será transformado, o mal será extinto da face da terra, por meio do fogo, e a glória de Deus resplandecerá sobre tudo.

A Bíblia diz que a vontade de Deus é “boa, aceitável e perfeita” (Romanos 12:2), pois Ele é infinito em conhecimento, amor e poder. Quem conhece o que é melhor para você do que o próprio Deus? Existe algo então mais seguro, prazeroso e sublime do que conformar a nossa vontade à vontade dEle? Agora eu te pergunto, a sua vida tem sido dirigida por Deus? A vontade dEle tem se cumprido sempre em sua vida? Saiba: resistir a essa vontade é loucura, discerni-la e desejá-la é sempre sábio. É este mesmo o seu desejo, que as leis de Deus sejam obedecidas tão perfeita, pronta e incessantemente como o são pelos anjos no céu? Você conhece a vontade de Deus? Obedece e se submete a ela? É seu desejo expandir este conhecimento, esta obediência, esta submissão aos que agora não o conhecem nem o obedecem?

Vivemos constantemente sob pressão, para nos conformar ao egocentrismo da cultura secular. Quando isso acontece, ficamos preocupados com nosso pequeno nome, gostamos de vê-lo gravado em relevo sobre nossos papéis-de-carta, convites de formatura, cartões de visita, em jornais etc. Nos preocupa nosso pequeno império (seja chefiando, influenciando, manipulando), e também a nossa própria vontade (sempre desejando as coisas a nosso modo e se aborrecendo quando contrariada). Todavia, aprendemos aqui que nosso desejo máximo, não está no nosso nome, no nosso reino ou em nossa vontade, mas, em Deus

. Por isso, nesta oração, somos instruídos acerca de como devemos começar a orar. Qual deve ser nosso mais íntimo e profundo desejo, que deveria ser o desejo profundo pela honra e pela glória de Deus. Esse desejo deve ser mesmo até maior que nosso desejo pela salvação de almas e pela expansão do reino (João 17:23). Mesmo antes de começarmos a orar pela conversão das almas e pela expansão do reino, deveria haver esse desejo avassalador pela manifestação da glória divina, esse desejo que todos os seres humanos se humilhem diante da Presença de Deus.

Quão admirável é esta oração, não é mesmo? O Senhor nos ensina a orar e o faz tão claramente, que agora tudo que precisamos é por em prática os princípios aqui aprendidos. Adore a Deus, honre-O, leve outros a fazer o mesmo. Deseje a Deus, Sua presença e uma íntima comunhão com Ele. Leve outros a fazer o mesmo. Obedeça a Deus e leve outros a fazer o mesmo. Viva de tal forma que as pessoas vejam em sua vida que você honra, deseja e obedece a Deus e queiram fazer o mesmo. Oração, não é apenas o repetir de meras palavras, envolve ação. Você pode dizer amém?

A vontade de Deus

Importância

Fazemos aqui uma leve digressão, para considerar de forma mais detalhada, o que a Bíblia ensina sobre a vontade de Deus. Este, sem dúvida, é um tema de suma importância. A prova está no fato de que somos ensinados a orar pedindo que a vontade de Deus seja feita na terra (Mateus 6:10), como é feita pelos anjos nos céus (Salmo 103:19-22), dela depende a eficácia da oração (1 João 5:14-15), e mais importante ainda, depende a entrada no Reino de Deus (Mateus 7:21-23).

Refletindo

1. É possível conhecer a vontade de Deus? ______________________________________

2. Você conhece a vontade de Deus? ______________________________________

3. É bastante conhecer a vontade de Deus? ______________________________________

4. Deus pediria algo de você que seja impossível de se realizar? ___________________

5. Existe então alguma razão para não obedecer à vontade de Deus? ________________

6. É possível ser filho de Deus e não fazer a vontade dele? _______________________

7. É possível amar a Deus e não o obedecer? ___________________________________

Possível e preciso

Para submeter-se à vontade de Deus, é preciso primeiramente conhecer. E podemos afirmar: é possível conhecer e fazer a vontade de Deus. Nós precisamos querer (Salmo 143:10), entender (Efésios 5:17), conhecê-la bem (Colossenses 1:9), para ensinar a outros (Mateus 28:19-20). Ter disposição para submeter-se a ela, com firmeza (Colossenses 4:12) e com prazer (Salmo 40:7), conscientes de que Deus nos permite conhecer a Sua vontade, e nos capacita para a cumprir (Filipenses 2:13; Hebreus 13:20-21).

Características

A Vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2), somente por meio dela é possível nascer espiritualmente (Tiago 1:18; João 1:12-13), participar da família divina (Mateus 12:48-50), e isto é absolutamente necessário, pois ela será sempre contrária às paixões humanas (I Pedro 4:2-3; Romanos 8:7-8) e isso exige perseverança e essencialmente, fé (Hebreus 11:6). É importante lembrar que ela trás recompensas (Hebreus 10:36; 1 João 2:17) e castigo (Lucas 12:47-48).

Exemplo

Citamos agora exemplos de pessoas que se submeteram à vontade de Deus. O rei Davi (conforme: I Samuel 13:14; Atos 13:22,36); o apóstolo Paulo (I Coríntios 1:1; Gálatas 1:10), e, de forma, a mais plena e perfeita, nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 26:42; João 4:34; 5:30; 6:38-40 e Hebreus 10:7-10). Analisando a vida deles, você pode deduzir, de forma prática, o que é viver submisso à vontade de Deus.

Deus quer

Mas podemos e devemos conhecer de modo direto e claro o que Deus quer, se realmente é nosso desejo fazer a Sua vontade (Efésios 5:10). Ele quer salvar e dar a vida eterna (João 6:40; Gálatas 1:4), portanto quer que creiamos em Jesus (João 6:29-30), quer um coração sincero para com Ele (Salmo 51:6), quer uma vida completamente dedicada a Ele (I Tessalonicenses 4:1-8), quer sinceridade nos relacionamentos (Efésios 6:1-9; Colossenses 3:18-23), honestidade (Provérbios 11:1), quer que façamos o bem (Salmo 5:4-5), mesmo padecendo por isto (I Pedro 2:15,19-21; 3:17; 4:19), quer que sejamos gratos a Ele em tudo (I Tessalonicenses 5:18), e fora de qualquer dúvida, quer que obedeçamos aos seus mandamentos.

Deus não quer

Ele também nos deixa saber o que não quer. E o que Deus não quer? Não quer condenar (Mateus 18:14), não quer que os homens se percam morrendo nos seus pecados sem arrepender-se (II Pedro 3:9; Ezequiel 18:23,32 e 33:11), não quer nossos sacrifícios e sim nossa obediência (1 Samuel 15:22; Provérbios 21:3; Miquéias 6:6-8; Marcos 5:33), não quer uma religião irracional, cheia de ritos e tradições inúteis e mortas, mas uma religião transformadora, viva, atuante, cheia de compaixão e que nos torna úteis a nossos semelhantes (Oséias 6:6; Mateus 9:13; 12:7; Tiago 1:26,27).

Diante do que foi exposto, sempre surgem algumas perguntas importantes:

1. Existe uma vontade específica de Deus para a minha vida? ______________________

2. Ela envolve todo e qualquer detalhe de minha vida? __________________________

3. Como posso descobrir essa vontade de Deus particular para minha vida? __________

4. É possível resistir essa vontade? ___ Quais as conseqüências? __________________

A vontade de Deus se expressa de algumas maneiras diferentes, e é importante compreender, se não quisermos ficar confusos. Em primeiro lugar, há a vontade decretiva de Deus (Isaías 46:9-10), é uma vontade soberana (Daniel 4:35; Romanos 9:19; Efésios 1:5, 9, 11). Tudo aquilo que Deus planejou será realizado (Jó 42:2), nada pode impedir que Ele execute a Sua vontade, não há pessoa ou força que possa ditar o que fazer, ele não tem limitação (Salmo 115:3; Provérbios 21:1). Essa vontade é livre, no sentido de ser independente de todas as suas criaturas, porém não é arbitrária, é compatível com seu caráter e atributos, exercida por Seu poder e Sua sabedoria. A vontade soberana de Deus é a razão definitiva ou absoluta para qualquer coisa que acontece, e vai acontecer. Tudo foi criado pela vontade de Deus (Apocalipse 4:11). Os acontecimentos de nossas vidas estão sujeitos à vontade de Deus (Tiago 4:13-15).

Há em segundo, a vontade prescritiva de Deus, onde Ele ordena, mas não compele as suas criaturas, essa vontade pode ser resistida, rejeitada ou aceita. A vontade prescritiva e revelada de Deus abarca seus mandamentos (Deuteronômio 29:29), essa vontade revelada de Deus é a vontade declarada a respeito do que devemos fazer, do que Ele quer que façamos. Então, faça-se a Tua vontade, significa, que as pessoas obedeçam às leis divinas, que sigam os princípios divinos (Mateus 12:50 e 18:14).

Em terceiro lugar, existe a vontade secreta de Deus, isto é, não revelada (Tiago 4:15), em muitos de nossos atos, sabemos que é segundo a ordem divina que fazemos essa ou aquela atividade que planejamos. Confiar nesta vontade secreta de Deus afasta o orgulho e revela humilde dependência do controle soberano de Deus sobre os acontecimentos de nossas vidas. Aqui podemos incluir aquilo que alguns chamam a vontade permissiva de Deus.

Exemplo (em Gênesis 50:20 - a vontade revelada de Deus é: que os irmãos de José o amassem, não roubassem, nem tentassem assassiná-lo, não o odiassem, nem mentissem, mas a vontade secreta de Deus era que, pela desobediência dos irmãos de José, um bem maior se realizasse). Leia também (I Coríntios 4:19; Atos 21:14; Romanos 1:10; 15:32; Efésios 1:11; I Pedro 3:17; 4:19) e veja também (Mateus 11:25-26; Romanos 9:18; Atos 4:28).

Há alguma coisa que Deus não possa fazer? Sim. Tudo que vai contra seus atributos e caráter. Por exemplo: Ele não pode mentir (Tito 1:2; Hebreus 6:18), não pode negar-Se (II Timóteo 2:13), nem pecar (Tiago 1:13), não pode ser tentado, nem deixar de existir, deixar de cumprir o que prometeu.

Como seres criados à semelhança de Deus, somos livres, e podemos exercer nossa vontade. Devemos usar essa nossa vontade e liberdade para tomar decisões agradáveis a Deus, refletindo, assim, o caráter de Deus em nossas vidas e dando-Lhe glória. Se não temos poder infinitos nem liberdade infinita, estamos nas mãos daquele que tudo pode, pois Ele é soberano.

Fundamentos Bíblicos: As três testemunhas

    Jesus nos comissionou a testemunharmos sua palavra e ordenou que fôssemos por todo o mundo pregando o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15). Cristo também nos enviou para fazermos discípulos (Mateus 28.19) e nos prometeu que seríamos suas testemunhas (Atos 1.8). O curioso é que, em Atos 1.8, vemos que os discípulos somente se tornariam testemunhas depois que recebessem o poder do Espírito Santo. Em João 3.5, lemos que, além do Espírito, há outra coisa que a testemunha necessita – a água: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. O próprio João, por sua vez, nos afirma que além do Espírito e da água, há um terceiro elemento fundamental para que alguém possa se tornar uma verdadeira testemunha de Cristo: o sangue. João escreveu o seguinte:

“E três são os que testificam na terra: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito” (1 João 5.8).

João nos ensina que a verdadeira testemunha deve trazer em si esses três elementos: o Espírito, o sangue e a água. Analisemos, portanto, desvendando o original, o que é ser testemunha de Cristo e qual é a sua relação com o Espírito, a água e o sangue.

Em grego, a palavra testemunha é “martureo”, que se relaciona com “martus”, traduzido por “mártir”. Em primeiro lugar, concluímos que a verdadeira testemunha é aquela que está disposta a entregar sua vida pela causa do evangelho. O verdadeiro cristão, aquele que realmente quer atender ao chamado de Cristo, deve ter em si o ardente desejo de anunciar o evangelho, custe o que custar. Isso envolve um sério risco de perseguição e morte. Ser uma testemunha é verdadeiramente perder a vida por Cristo, como está escrito: “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á” (Marcos 8.35). A verdadeira testemunha não se importa em perder sua vida pelo evangelho, pois ela crê na palavra que diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25). A verdadeira testemunha vive com esta promessa gravada em seu coração, pois para ele, “viver é Cristo e morrer é lucro” (Filipenses 1.21), porque não é mais ele quem vive, mas Cristo que vive através dele (Gálatas 2.20). Paulo é um excelente exemplo da verdadeira testemunha, pois entregou sua vida e tudo que tinha pela causa do evangelho.

O termo grego “martureo” também se relaciona com “mermera”, que significa “zelo” ou “problema”. Isso porque o cristão que é zeloso é um portador do testemunho de Cristo, e isso gera ódio no inimigo, que tentará por todos os meios eliminar esse emissário da Palavra de Deus. Assim, a testemunha zelosa está sempre gerando problemas para o reino do inimigo e, por isso, vive em constante embate com as trevas.

Jesus já nos havia avisado sobre essa perseguição: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (João 15.18-19). Quem vem para Jesus para ser amigo de todos e busca viver uma vida tranquila, está enganado. O descanso é a nossa recompensa, e não o nosso chamado. Nós fomos chamados para arrombar as portas do inferno (Mateus 16.18) e levar cativos aqueles que estão no cativeiro do inimigo (Efésios 4.8). É por isso que a palavra grega para “testemunha” (martureo) também traz a ideia de “estar ansioso” (mermairein), pois o verdadeiro cristão está sempre ansioso por revelar Jesus àqueles que anseiam ardentemente pela revelação dos filhos de Deus (Romanos 8.19). Esse é o verdadeiro cristão. Essa é a testemunha.

Agora, analisemos a função do Espírito, da água e do sangue no chamado da testemunha. O Espírito é aquele que concede poder às testemunhas (Atos 1.8). Esse poder a orientará sobre tudo o que a testemunha deve fazer e por onde ela deve andar. Em hebraico, as palavras “espírito” (ruach), “viajar” (‘arach) e “caminho” (‘orach) estão todas relacionadas, porque o Espírito é o vento que conduz no caminho, como em João 3.8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. O Espírito é quem estabelece o itinerário da testemunha, mostrando-lhe o caminho em que deve andar. Se em hebraico a Lei (torah) é a seta que aponta (yarah) para o caminho (‘orach) e uma pá (rachat) que abre caminho (‘orach), o Espírito (ruach) é aquele que dá poder (koach) à testemunha para que ela possa andar no caminho e brilhar como uma lua (yerach) que reflete a verdadeira luz e traz o aroma (reyach) suave de Cristo (2 Coríntios 2.15). Essa é a capacitação que o Espírito concede à testemunha. 

A água também exerce função especial no ministério da testemunha. Em hebraico, a palavra “água” é “mayim”, relacionada ao mar (yam). O curioso é que a palavra hebraica para água (mayim), na primeira vez que aparece na Bíblia, está associada ao Espírito: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gênesis 1.2). Assim, vemos que essas duas testemunhas - o Espírito e a água - estão unidas desde a criação. Isso porque o Espírito conduz a testemunha pelo caminho sobre as águas, assim como Cristo e Pedro, que juntos andaram sobre as águas (Mateus 14.29). Andar sobre as águas significa andar sobre a palavra, pois a água representa a purificação feita pela palavra, como em João 15.3: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”.

Além disso, a água e o Espírito, unidos, representam o novo nascimento, pois como vimos, “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3.5). O novo nascimento nas águas e o batismo com o Espírito faz com que a pessoa deixe de ser um “homem natural” (1 Coríntios 2.14) e se torne um “homem espiritual” (1 Coríntios 2.15). Essa transformação, feita pela união entre água e Espírito, está relatada em Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Após receber o Espírito e a água, a testemunha tem acesso à verdadeira vontade de Deus. Aquele que é nascido através da vontade de Deus (João 1.13) tem acesso à vontade de Deus e descobre que a vontade do Senhor é a santificação (1 Timóteo 4.3), e aprende que quem faz a vontade do Eterno permanecerá para sempre (1 João 2.17). Isso porque a vontade de Deus é que todos sejam salvos (1 Timóteo 2.4). Andar sobre as águas, através do Espírito, significa, portanto, conhecer e viver a vontade de Deus.

A palavra “água”, na verdade, aparece não somente no segundo versículo da Bíblia, mas no primeiro. Quando lemos em Gênesis 1.1 que Deus criou os “céus” e a terra, o termo traduzido por “céus” é “shamayim” que pode ser lido como fruto da união entre as palavras “fogo” (‘esh) e “água” (mayim). Ou seja, em hebraico, o céu é o local da habitação do fogo e da água. Assim, quando a testemunha recebe o Espírito, que sempre é acompanhado pelo fogo (Mateus 3.11), e a água, ela se torna um cidadão celestial, um embaixador (Efésios 6.20) da Nova Jerusalém. Espírito, fogo e água fazem da testemunha um fiel portador das coisas do alto.

Andar sobre as águas também significa andar sobre o desconhecido. Ainda que houvesse pescadores entre os judeus, o mar era um lugar desconhecido e temido na cultura judaica. Isso fica claro quando vemos a semelhança entre os termos hebraicos “mayim” (“água”), “yam” (“mar”), “ayom” (“terror”, “medo”), “eymah” (“horror”, “pânico”), “eymiym” (“terrores”, também nome de uma tribo cananeia composta por gigantes citada em Deuteronômio 2.10). A água, portanto, faz com que a testemunha vença o medo do desconhecido e passe a viver o sobrenatural de Deus.

Voltando a Gênesis 1.2, veremos que o Espírito pairava sobre as águas, e abaixo das águas havia o abismo. Quando o Espírito nos conduz a andar sobre as águas, nós cruzamos o abismo que há entre a morte e a vida. Esse abismo só pode ser cruzado antes da morte, para aqueles que receberam a salvação de Cristo. Após a morte, este abismo não pode ser cruzado, como Jesus nos ensinou na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16.20-31).

Os bruxos que seguem os escritos de Aleister Crowley, o maior satanista do século XX, utilizam a “árvore da vida” da cabala como forma de seguir uma iniciação esotérica até cruzarem o abismo, quando passam a ter plena comunhão com os demônios. Veja como o inimigo está sempre querendo imitar as coisas de Deus e corromper as verdades bíblicas. É impossível cruzar o abismo sem caminhar sobre a água da palavra e ser conduzido pelo Espírito Santo. Quando o bruxo “cruza o abismo”, sua vida passa a ser completamente dominado por demônios. Quando a testemunha de Cristo cruza o abismo, ela se torna um com Jesus.

Por fim, há o sangue. Se em grego sangue é “aima”, em hebraico é “dam”, palavra que tem um gama de significados, cada um expressando uma verdade espiritual. Em hebraico, “sangue” (dam) se relaciona com “Adão” (‘adam) e com “semelhança” (demuth), a mesma palavra usada em Gênesis 1.16, onde se lê que o homem foi feito à semelhança de Deus. Assim, quando a testemunha recebe o sangue (dam), ela retorna ao estado de Adão (‘adam) antes da queda, tornando-se semelhante (demuth) a Deus. Ela se torna parecida com Cristo, assim como um filho que se parece com seu pai. Recebe o poder de ser feito filho de Deus, pois crê no seu nome (João 1.12) e permanece em Cristo (João 15.5), cumprindo seus mandamentos (João 14.15). Sem o sangue (dam) o cristão é cortado (demiy), fica mudo (damam), pois não consegue pregar a Palavra. Com o sangue, o Cristão está vivo, pois a vida está no sangue (Levítico 17.11).

O sangue nutre as células, protege o corpo, retira as impurezas, transporta hormônios e regula a temperatura. Assim também o sangue de Cristo nutre a testemunha, a protege, limpa e não permite que se esfrie. É uma capacitação para a verdadeira testemunha de Cristo.

Que você possa ser capacitado por Cristo para se tornar uma testemunha fiel da verdade do Evangelho e da soberana vocação de Cristo (Filipenses 3.14), em Nome de Jesus!

Memorizar a Bíblia

    Depois de memorizar milhares de textos bíblicos, não consigo me imaginar fazendo outra coisa. Tenho declamado textos nos momentos que antecedem alguns cultos da Igreja Batista da Lagoinha e isso tem gerado em muitas pessoas um desejo de memorizar também. Mas quando me veem, também se assustam com a capacidade que Deus me deu. Mas sempre tenho uma boa notícia sobre isso: EU SOU NORMAL! Deus me deu a mesma capacidade que deu para você que está lendo este texto agora. Somos capazes de memorizar a Palavra de Deus. E provo. Depois que iniciamos o projeto Bíblia na Ponta da Língua – de incentivo à memorização e estudo da Bíblia Sagrada –, muitos me abordam falando que estão memorizando a Palavra e até livros inteiros.

Quero, então, trazer para vocês um resumo abençoado para quem deseja navegar neste rio de Deus. São setenta super dicas, veja:

1. Compre uma Bíblia.
2. Invista alto nisso. “Renda” certa.
3. Tenha muitas Bíblias.
4. Colecione Bíblias. Doe Bíblias.
5. Tem Bíblia de todo jeito.
6. Tenha todas elas.
7. Leia a Palavra.
8. Faça disso um estilo de vida.
9. Leia muito mesmo.
10. Escolha um texto que você gosta.
11. Não comece a memorizar genealogias.
12. Tem que ser algo fácil, útil e prazeroso.
13. Ouça a Palavra.
14. Ouça muito. No carro, em casa.
15. Ouça no trabalho, no computador.
16. Ouça ao dormir, ao acordar, no som ambiente.
17. Ouça na cozinha, no ônibus, no avião.
18. Enfim, ouça a Bíblia, muito mesmo.
19. Tenha a Palavra sempre por perto.
20. Carregue a Bíblia para onde for.
21. Tendo a Bíblia por perto, fica mais fácil.
22. Escreva a Palavra.
23. Faça cartazes com versículos.
24. Escreva versículos em cartões.
25. Compre um caderno grande.
26. Escreva um versículo em cada folha.
27. Coloque versículos na porta da geladeira.
28. Espalhe versículos pela sua casa.
29. Espalhe versículos no seu escritório.
30. Fale a Palavra.
31. Fale alto. Quando der, é claro.
32. Fale para as pessoas.
33. Não diga “alô”. Fale um versículo.
34. Cante a Palavra.
35. Transforme o versículo em canção.
36. Dramatize a Palavra.
37. Fale gesticulando.
38. Fale fazendo caras e bocas.
39. Ponha sua imaginação para funcionar.
40. Seja criativo.
41. Desenhe a Palavra.
42. Transforme o versículo em desenho.
43. Faça esquemas, diagramas, acrósticos.
44. Faça uma planilha de textos bíblicos.
45. Faça manutenção do que você memorizou.
46. Pense na Palavra.
47. Medite na Palavra.
48. Ensine a Palavra.
49. Explique o que você entendeu dela.
50. Faça associações criativas.
51. Associe versículos a endereços.
52. Associe versículos a pessoas.
53. Memorize versículos com as referências.
54. Compre livros de memorização.
55. Compre o Curso de Memorização da Bíblia.
56. Compre Cds da Bíblia Falada.
57. Invista alto nisto.
58. Ensine aos seus filhos a Palavra.
59. Cante versículos com eles.
60. Compre jogos bíblicos.
61. Jogue com seus amigos
62. Torne a Palavra prioridade máxima.
63. Seja disciplinado com ela.
64. Todo dia. Toda hora. A cada minuto.
65. Palavra. Palavra. Palavra.
66. Divirta-se com ela.
67. Faça dela o seu maior prazer.
68. Coma a Palavra.
69. Seja guloso nisso.
70. Faça tudo isso, para não pecar, para acertar o alvo, para ser mais parecido com Jesus.

Viu como é simples? Comece já. Aplique estas dicas. Pratique. Se você é NORMAL, você consegue. 
“Tudo posso naquele que me fortalece”.  (Filipenses 4.13.)